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Estou triste, tão triste. As lágrimas teimam em não parar de cair. Porque é que a vida é tão cruel? Porque é que quando sente que no nosso coração começa a existir felicidade, assim que quem me devolveu o sorriso, a alegria, se afasta, a vida arranja logo de maneira de me fragilizar? E como ela sabe tão bem onde me magoa mais. Estou tão triste, tão frágil, preciso tanto de me aninhar entre os teus braços. Por favor amor, abraça-me!
Os nossos nomes são tão iguais como eu e tu,
(P) aixão e (A) mor reforçam a nossa (U) nião,
Dando a (L) iberdade e o respeito
Que temos pelo espaço individual de cada um
Por isso o nosso nome representa o (O) rgulho
Que tenho no nosso (A) mor.
Para ti que me arrepias
Quando me ligas a dizer: “preciso de te ver”
Para ti que me arrepias
Quando chegas ao pé de mim e me olhas nos olhos
Para ti que me arrepias
Porque és uma realidade presente
Para ti que me arrepias
Quando sinto os teus dedos
Entrelaçados no meu cabelo
Para ti que me arrepias
Quando sinto o calor
Da tua mão no meu rosto
Para ti que me arrepias
Quando sinto os teus lábios quentes
Nos meus que chamam por ti
Para ti que me arrepias
Quando sinto o calor
Do teu corpo colado ao meu
Para ti que me arrepias
Quando fazemos amor
Para ti que me arrepias
Quando gemes e dizes
“deixas-me doido”
Para ti que me arrepias
Quando me sussurras ao ouvido
“Amo-te”
Para ti que és a minha paixão
Para ti que és o meu maior arrepio!
Massajando o teu pescoço,
As minhas mãos correm pelo teu pescoço
Deslizam, lenta e suavemente
Mãos delicadas que descem
E ao mesmo tempo os meus seios,
Que eriçados ficam…
Beijos são muitos…infindáveis
Beijando a tua orelha
Mordo o teu pescoço,
E pouso no teu colo
Faço dele o meu altar
Os meus lábios trazem-te delírios
A minha língua quer em ti brincar
Levemente, ao contorno
É prazer intenso!
Provoco-te um orgasmo profundo
Este é o meu maior desejo
É tesão intensa com o fogo da paixão
Simplesmente irresistível!
Vem, vem para mim….eu gemo ao teu ouvido!
Dono do meu prazer
Máximo prazer
Desfalecidos permanecemos
Restam apenas sussurros e caricias
Mas, por muito pouco tempo
Logo, logo iremos recomeçar!
E tudo começou no dia 27 de Junho de 1981
"TRANSCRIÇÕES DO MEU DIÁRIO DE ADOLESCENTE"
11 de Julho de 1980
Querido Diário,
Sabes, a Paulinha vai perguntar ao Paulo xxxxx o que é que ele acha de mim. Sabes, eu agora ando no ballet às segundas e quintas-feiras e ainda na segunda-feira passada vi o Paulo xxxxx. Não é para me gabar mas aposto como ele tem um fraquinho por mim, sabes porquê? Porque no São João fomos a Rxx-de-Mxxxx, á noite, eu a Paulinha e os pais dela ás festas e fomos á escola de música e o Paulo xxxxx passou por mim e eu disse-lhe: - “oi” e ele respondeu-me – “Ah? Á olá, desculpa não te reconheci.” – Era de noite. Ele depois foi levar o instrumento não sei onde e voltou então depois, e quando eu olhava para ele de lado, ele estava sempre a olhar para mim, mas com aqueles olhinhos tão azuis, e deitava-me cá uns olhares, parecia que me queria comer com os olhos. Quando fui dançar ele não tirou os olhos de mim. Estou mortinha que chegue Outubro, pois é quando abre a escola de música e quando eles vão fazer uma festa e então, vais ver, é que eu me vou atirar a ele.
2 de Agosto de 1982
Após ter namorado com o Paulo xxxx, soube que ele andava também com a “gorda” da Teresa do conjunto e como de palhaça já tinha feito papel uma vez e não queria fazer tornar a fazê-lo, acabei tudo com ele.
Mas no dia 12 de Junho tivemos a nossa festa de fim-de-ano escolar na tabxxxxxx, que foi linda. O Paulo estava lindo, com umas calças azuis escuras, camisa azul e branca e blazer azul-escuro, estava lindo. Eu levava a minha saia azul escura com racha de lado, camisete cor-de-rosa com folhos e sandálias brancas de salto alto. Acabada a festa na Tabxxxxxx, fomos falar com os tipos da comissão para nos deixar fazer um baile na escola, em Rxx-de-Mxxxx, pois era fim de ano lectivo e véspera de Santo António, e eles deixaram. O Paulo ficou de me ir buscar a casa, mas como tardasse, fui de comboio e ele não estava lá e eu estava fula, pois pensava que ele não viesse, mas foi. Quando voltei para casa ele foi comigo e quando estávamos na estação á espera do comboio começo a ateimar que tinha mais força que ele, ele dizia que não e ia-se aproximando e eu dizia que sim até que acabamos por unir as nossas bocas num longo beijo e ele disse-me: -“Estás um amor!” e tornou a beijar-me uma e outra vez, passaram alguns comboios até que resolvemos apanhar um. Desde aí continuamo-nos a encontrar e voltamos a namorar.
17 de Abril de 1983
O Paulo anda afastado, tivemos uma conversa a sério onde ele me queria dizer que curtia com outras, mas não conseguiu e eu disse-lhe que sabia pois não era parva nem ele santo, consegui aguentar-me e pedi-lhe para ficar comigo mesmo que não gostasse de mim porque eu gostaria pelos dois, não o podia perder. Continuo a adorar o Paulo com aquele amor calmo, com tanto carinho. Amo-o tanto, tenho tanto medo de o perder, não sabia o que fazer, ia ficar perdida. Entretanto ele abraçou-me, beijou-me disse que gostava de mim e continuamos.
Porque te amo?
Porque tentar explicar
O que é inexplicável?
Amo-te simplesmente
Amo-te porque te amo
Amo-te porque amo amar-te
Amo-te de amar sem fim
Amo-te porque te amo
Simplesmente…. AMO-TE
Tenho saudades tuas,
Tenho saudades de sentir prazer como só tu me sabes fazer sentir,
Tenho saudades de te sentir tocar nos pontos certos do meu corpo
Como tu tão bem sabes para me deixar louca de desejo,
Tenho saudades de te sentir acender o fogo que há em mim,
Tenho saudades de ficar doida de desejo, de tesão
Tenho saudades de gemer por te ter dentro de mim,
Tenho saudades de te sentir a apagar o fogo
Que tu próprio ateias em mim e só tu próprio o consegues apagar.
Tenho saudades tuas.